A CAUSA HUMANA
Jony Reys
A Verdade
Todo ser humano é dotado de sua
verdade, a pessoal, que sempre parece absoluta e universal.
Mesmo os que de quem se diz “maria vai com as outras” usam as verdades adquiridas como suas e as impõe como a realidade imutável, para o momento.
Mesmo os que de quem se diz “maria vai com as outras” usam as verdades adquiridas como suas e as impõe como a realidade imutável, para o momento.
Dessa forma, a verdade, que não
poderá ser absoluta, é inerente a cada ser humano, e assim deve ser considerada
neste ensaio.
A terra é plana.... Não, a terra
é redonda! Não importa muito a comprovação científica de uma premissa, ela será
sempre verdadeira no olhar de seu defensor.
Há em todo momento o interesse
individual, voltado ou não para o coletivo, para a macro da vida, ou apenas para o
pequeno mundo para o que é direcionado; O interesse tem o poder.
O poder, essa mágica que rege a relação viva no universo holístico estabelecido.
O poder, essa mágica que rege a relação viva no universo holístico estabelecido.
Portanto, não se discute a
verdade, se discute a conveniência dela de acordo o interesse, e este com a
finalidade plena de alcançar o poder: sobre o outro, sobre as coisas, sobre o
mundo.
A verdade tem a influência de subverter
a ordem, o argumento, a sensatez e até mesmo os objetivos, altruístas ou
mesquinhos. A verdade é alcançada sempre que os objetivos que ela defende
também o são.
A verdade caminha de braços dados
com o poder. Quem tem a verdade, tem o poder de mudar as coisas, de punir, de
castigar, de agraciar, de privilegiar, de subtrair, de julgar, e de justificar
seus interesses.
A verdade, mesmo a universal, e não
sendo única, é a dada, a imposta, a aceita, submetendo a maioria, é
incontestável, torna-se o rolo compressor da vontade, do interesse ao qual ela
serve.
A verdade é a ferramenta do
controle social, a vara que regula as ações da horda, a tocha iluminada da
razão pura da força dominante, a espada da cruzada moral e ética conforme a
força a qual ela serve.
Como não ser verdade a confissão
de um delinquente, com história criminosa, ainda que retirada a base de tortura insana e amoral?
Como não ser verdade a história contada,
escrita, retratada pela classe à qual os atributos do poder são a lei?
Olha o quadro suntuoso que
retrata o grito do Ipiranga feito por D. Pedro I, muita gente hoje sabe
que não foi bem assim, mas é assim que a verdade é retratada.
Enfim a verdade é sintomática,
nem sempre nos favorece, ou temos a que queremos, mas, sempre é a respeitada
pelo poder do que e de quem ela emana.
Verdade absoluta, poder absoluto.
Verdade relativa, poder
democrático; Na acepção coloquial, sensitiva ao senso comum contemporâneo.
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