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domingo, 26 de maio de 2013

Sobre a Intolerância!



Jony Reys

Há muito vem crescendo no Brasil a influência comercial e maledicente da neo religiosidade. Já vimos, em diversos momentos na história, onde isso poderá chegar. 
O obscurantismo e manipulação indecente das pessoas, crédulas, levadas pelas fraquezas e desejos de soluções mágicas, tem transformado figuras de trato eloquente em semideuses e senhores da verdade e da razão. 
O Brasil é um país laico, mas também o país onde vigora a facilidade do enriquecimento de espertos em cima da fé de um povo pacífico e carente de paternalidades, responsabilidades repassadas e  benefícios facilitados. 
Não aprendemos a nos ver na luta, tem sempre que ter alguém que faça isso por nós. 
É este o grande mote, para em nome da religião e da promessa de vida próspera, que os incautos encherem templos e praças para falar de uma moralidade que não praticam, mas que a invocam para engrossar suas contas bancárias, seu poder de barganha e negociatas. 
Ao redor do mundo, sentimos uma involução do processo de liberdade humana, uma escuridão idademediana que nos cobre como uma nuvem carregada de preconceitos e opressão. 
Não seria justo que tod@s agissem conforme seu sentimento e sua razão? 
Um sistema de liberdade coletiva, onde a individualidade é sempre um direito, pautado pelo amor, pelo ser,  respeito a diversidade.  
Imagino... Porque deve um fanático impor o que farei com meu corpo, meu amor, meu prazer, minha vida? 
Porque um fanático terá que ditar os limites de minha natureza, se esta me pertence? 
Nós temos que reagir de maneira mais contundente às expressões de raiva que parte de uma minoria encastelada na defesa de sua riqueza material, onde o espiritual lhes serve apenas como ponte de seus prazeres carnais embutidos e levianos, usados de maneira torpe para alienar e dividir um povo que por sua formação histórica e relação fraterna deve estar livres de preconceitos e fundamentalismos. 
Nos pautemos pelo que acontece na Irlanda, no Paquistão, Índia, países do Oriente Médio, onde desde sempre as lutas religiosas matam inocentes, separam famílias. 
A quem serve esses senhores, senão a sua própria arrogância e delírio do poder. 
Lembremos por onde se fortaleceu a insanidade nazi-fascista, senão pela manipulação da fé contra um povo, que hoje se repete e pratica a mesma ação contra outro povo indefeso. 
A força do poder é o que respalda essa loucura, esses crimes contra a humanidade, contra o livre arbítrio, contra as próprias palavras de bondade, de tolerância, de respeito e de amor, escritas em todos os livros religiosos. 
Está na hora da rebeldia, da coragem de enfrentar nossos medos e nossa formação de moralidade preconceituosa.
Não temos que ser iguais, precisamos mesmo é aprender a viver e respeitar as diferenças, a amar as pessoas como dizemos amar aos deuses.
Se elas (as pessoas) são a criação divina, as adoremos então... Com todas as suas/nossas imperfeições, pois assim foram "criadas" para assim viver, e como diz uma passagem de um livro religioso, "atire a primeira pedra..." os que assim não são. 
Liberdade para Vida... Liberdade para a Natureza!