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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Nos dias de hoje!

Nos dias  de hoje!


Jony Reys

Atônita! ... Assim está a classe política do Brasil... Quão frágil e demente é a jovem democracia da elite brasileira. Na busca de um olhar do cume, vejo o Brasil "acordado" e o que "nunca dormiu". O primeiro, voraz, afoito, em horda... obstinado num desavir de causas e causas... corporativas... manipuladas... maquiadas.  O Brasil que "nunca dormiu" ébrio, sentado no poder efêmero, iludido em causas para si perenes. Senão vejamos: O que "nunca dormiu", encarou a ditadura, desmascarou o "caçador de marajás" plantado pela mídia, lutou contra a venda e sucateamento do patrimônio público do povo brasileiro e por fim chega ao governo transformando o país. Em 10 anos tira milhões da pobreza, arrebenta paradigmas, coloca o pobre, preto nas universidades - criou mais 22 federais -, nas escolas técnicas, foram 42, multiplica por 10 o investimento na agricultura familiar, e emplaca uma classe média com mais tantos milhões - base consumista - que indiferente a uma análise crítica, vai as ruas... meio sem saber o que sente, mas sentindo... vai as ruas por 20 centavos, mas  a realidade é que muitos puderam comprar carros e o transporte público não anda, não conforta e lhe tira 4 horas diárias de vida, dando em troca "stress", violência, cansaço, sem perspectivas de solução... Encontra nas ruas as bandeiras pautadas pela velha mídia - PEC37 - só 6% dos manifestantes sabiam do que se tratava, e dá mais poder a um grupo de pessoas, dentro de uma estrutura de justiça envelhecida e com os mesmos vícios, resultado: desvios de conduta, que mesmo em minoria macula o todo. Sem saber como, encampa bandeiras que vão do ambientalismo, perpassa pela anarquia da desordem (anarquismo é outro conceito), e chegam ao fascismo, influenciada pela pauta da velha guarda política que abomina a distribuição de renda, rechaça os mecanismos diretos de libertação como o Bolsa Família, que esses neoliberais de plantão classificam como uma esmola eleitoreira, mas, para os libertários, é mais uma forma de amenizar a fome, mas também e principalmente, de libertar as pessoas do jugo do coronelismo provinciano e patético, do clientelismo tétrico que sempre prevaleceu neste país, e isso incomoda, ao ponto de proporem que os Bolsistas sejam impedidos de votar. Enfim esse Brasil que "nunca dormiu" sentiu-se numa zona de conforto nunca experimentada, e absorveu um tanto de neoesquerdistas - oportunistas de sempre - que vêm corroendo as transformações, adiando-as, esperando apenas, como a indigna serpente, a hora do bote. Esse Brasil que "nunca dormiu" segue anestesiado, deslumbrado e perde a oportunidade histórica de empoderar o povo que trabalha, em nome de uma pretensa governabilidade que virou apenas a perenidade de poder. Perdeu a força da base de sustentação, ficou a mercê das corporações, se perdeu na luta de classes, se elitizou, em um processo de institucionalização endeusada. Enfim, atônitos, estes são os brasileiros que sempre esteve nas ruas, nunca dormiu, mas deixou-se envolver pela maçã adocicada que de origem má e conteúdo fétido, embriaga e adormece os que se apoderaram dos sonhos e da esperança, que mesmo vencendo o medo, foi incapaz de sentir o veneno. Nas ruas um Brasil em revolta, sentindo, mas em desordem, não foca em sua expressão... Nos palácios, um Brasil confuso, que precisa das ruas para reconhecer seu gene, extirpar os cancros, desarmar a vaidade e compreender de onde veio sua força.  


domingo, 26 de maio de 2013

Sobre a Intolerância!



Jony Reys

Há muito vem crescendo no Brasil a influência comercial e maledicente da neo religiosidade. Já vimos, em diversos momentos na história, onde isso poderá chegar. 
O obscurantismo e manipulação indecente das pessoas, crédulas, levadas pelas fraquezas e desejos de soluções mágicas, tem transformado figuras de trato eloquente em semideuses e senhores da verdade e da razão. 
O Brasil é um país laico, mas também o país onde vigora a facilidade do enriquecimento de espertos em cima da fé de um povo pacífico e carente de paternalidades, responsabilidades repassadas e  benefícios facilitados. 
Não aprendemos a nos ver na luta, tem sempre que ter alguém que faça isso por nós. 
É este o grande mote, para em nome da religião e da promessa de vida próspera, que os incautos encherem templos e praças para falar de uma moralidade que não praticam, mas que a invocam para engrossar suas contas bancárias, seu poder de barganha e negociatas. 
Ao redor do mundo, sentimos uma involução do processo de liberdade humana, uma escuridão idademediana que nos cobre como uma nuvem carregada de preconceitos e opressão. 
Não seria justo que tod@s agissem conforme seu sentimento e sua razão? 
Um sistema de liberdade coletiva, onde a individualidade é sempre um direito, pautado pelo amor, pelo ser,  respeito a diversidade.  
Imagino... Porque deve um fanático impor o que farei com meu corpo, meu amor, meu prazer, minha vida? 
Porque um fanático terá que ditar os limites de minha natureza, se esta me pertence? 
Nós temos que reagir de maneira mais contundente às expressões de raiva que parte de uma minoria encastelada na defesa de sua riqueza material, onde o espiritual lhes serve apenas como ponte de seus prazeres carnais embutidos e levianos, usados de maneira torpe para alienar e dividir um povo que por sua formação histórica e relação fraterna deve estar livres de preconceitos e fundamentalismos. 
Nos pautemos pelo que acontece na Irlanda, no Paquistão, Índia, países do Oriente Médio, onde desde sempre as lutas religiosas matam inocentes, separam famílias. 
A quem serve esses senhores, senão a sua própria arrogância e delírio do poder. 
Lembremos por onde se fortaleceu a insanidade nazi-fascista, senão pela manipulação da fé contra um povo, que hoje se repete e pratica a mesma ação contra outro povo indefeso. 
A força do poder é o que respalda essa loucura, esses crimes contra a humanidade, contra o livre arbítrio, contra as próprias palavras de bondade, de tolerância, de respeito e de amor, escritas em todos os livros religiosos. 
Está na hora da rebeldia, da coragem de enfrentar nossos medos e nossa formação de moralidade preconceituosa.
Não temos que ser iguais, precisamos mesmo é aprender a viver e respeitar as diferenças, a amar as pessoas como dizemos amar aos deuses.
Se elas (as pessoas) são a criação divina, as adoremos então... Com todas as suas/nossas imperfeições, pois assim foram "criadas" para assim viver, e como diz uma passagem de um livro religioso, "atire a primeira pedra..." os que assim não são. 
Liberdade para Vida... Liberdade para a Natureza!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sobre a Violência!

Jony Reys

Num mundo de números, as estatísticas da violência são estarrecedoras. O Recôncavo não tem escapado deste fáctico e triste fenômeno. Mas, o que nos leva a crer que a natureza humana é algo de diferente? Estivemos por muito engessados em nosso âmago pela força da religião ou do estado. Hoje o Estado não mais atua, nem autua, nem tortura (nem mata)... Nem sabemos se isso resolveria... Talvez falta o respeito... A religião já não ilude (a tod@s) é apenas comércio... O cômico, se não trágico, é que protestantes protestaram e promoveram o cisma sobre a égide do comércio de indulgências celestiais... Hoje o fazem sob a égide da prosperidade na terra... Ora para os que não conseguem esperar, o assalto, o furto são atalhos para a vida fácil. E vem a pergunta: por que matar? torturar? será que subtrair o material já não é o suficiente? Tem que tirar a vida? Arrancar a alma? 
É certo que a violência faz parte da natureza da raça humana...o lado mal da força... Mas, já não estamos deveras "civilizados"? Decerto que não. A insanidade é corriqueira e navega em pensamentos e atos... Uma tragédia sucede a outra e não há tempo para se indignar. Está se naturalizando a maldade. Vejamos: faz alguns dias que um caminhoneiro carregou por quilômetros pedaços de um jovem que ele tinha dilacerado na carona de uma moto, noutra pai e filho morrem vítima da insesatez de outro,  violência que tem como recompensa o prazer. Os latrocínios se sucedem. A crueldade com que exterminaram com a vida de uma jovem senhora em Muritiba, e um dia depois outra abatida. Crimes sem solução, não falo de prisões... falo da sociedade... qual a solução social para tudo isso? Falta o Estado, falta... mas como estaria este presente? mais cárceres, mais julgamentos,  lei de Talião? Dividiremos a terra em dois lados: os presos por crimes, e os presos pelo medo? Será que já está assim? Falta a sociedade... mas como deve reagir a sociedade? armando-se? Partimos do singular para o geral. Como socializar uma filha que encomenda e participa da morte dos pais, para subtrair-lhes a fortuna? Esta é rica e civilizada. Mas, há os que estão assassinando os seus apenas para se drogar... É, as drogas, tão distintas e criminosas. Mas, há quant@s dign@s sociais que as usam? Quem as mantém e porque? pelo lucro apenas, pelo prazer da viagem? As drogas - sem solução. Ah!!! mas há àquelas ainda que podemos usar, e ferem e matam e dilaceram tanto quanto. Voltamos ao Recôncavo, explodiram uma agência bancária, então clamamos por mais polícia... os que tinham foram trancados em sua própria delegacia... Resolve o problema? E os bandidos que invadem as Cidades e as dominam? O novo cangaço, dizem... Pois bem, quem crê que o Estado com suas mazelas e bases corrompidas dará a resposta? Quem crê que a religião mambembe e infestada de falsos profetas dará resposta? Enfim quem crê que só o Amor poderá transformar as pessoas e estas enfim viverem em harmonia será a resposta? Ahhh, mas, para existir Amor, deverá definhar o capitalismo, a exploração dos homens por outro homem. Deverá os Estados abdicarem da força e corrupção, ou até mesmo do seu próprio poder... Aliás, para que Estado? num estado em que as pessoas, por serem pessoas, se amam se respeitam e produzem para o bem de tod@s e para a preservação do seu único habitat - a Terra?.

domingo, 28 de abril de 2013

O Blog!


Jony Reys

Já algum tempo acompanho vários blogs, são notícias do cotidiano, com viés de toda forma. 
Sinto nesses espaços a falta da discussão do pensamento, da essência e da identidade do povo, do pertencimento das ideias e da racionalidade, da transparência das práxis e do concreto das ações. 
Há muito de oculto, de sobrenatural e de mazelas que sustentam a forma de empoderamento de uns em detrimento de outros.
As coisas que buscamos neste blog, não está no blogueiro, está nas pessoas, nas sem voz, nas sem vez, nas sem palavras para se fazer ouvir... 
A forma de expressão que queremos, não é a inventada, a patrocinada, mas sim a real, que por vezes será lúdica, por outras espinhenta e ferina, mas nunca circunstancial. 
A pele que protegerá as palavras deverá ser sempre a do compromisso com os princípios, àqueles que norteiam os caminhos dos sonhos, da transformação, da dádiva, no sentido Maussiano, do amor profundo pela natureza e sua exuberância e diversidade. 
As razões do Blog deverão ser sempre a de construir a justiça, a lealdade, o envolvimento nos tons, nas lutas, na afirmação popular da racionalidade e materialidade, sua liberdade de pensar e agir no dia a dia, seus anseios, no limiar do conhecimento ou do não-conhecimento, mas, em um movimento constante, absolutamente livre e forte no rumo da consciência e respeito, da igualdade e pluralidade, da não-exploração, da não-ilusão, da formação de uma sociedade realmente justa.