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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sobre a Violência!

Jony Reys

Num mundo de números, as estatísticas da violência são estarrecedoras. O Recôncavo não tem escapado deste fáctico e triste fenômeno. Mas, o que nos leva a crer que a natureza humana é algo de diferente? Estivemos por muito engessados em nosso âmago pela força da religião ou do estado. Hoje o Estado não mais atua, nem autua, nem tortura (nem mata)... Nem sabemos se isso resolveria... Talvez falta o respeito... A religião já não ilude (a tod@s) é apenas comércio... O cômico, se não trágico, é que protestantes protestaram e promoveram o cisma sobre a égide do comércio de indulgências celestiais... Hoje o fazem sob a égide da prosperidade na terra... Ora para os que não conseguem esperar, o assalto, o furto são atalhos para a vida fácil. E vem a pergunta: por que matar? torturar? será que subtrair o material já não é o suficiente? Tem que tirar a vida? Arrancar a alma? 
É certo que a violência faz parte da natureza da raça humana...o lado mal da força... Mas, já não estamos deveras "civilizados"? Decerto que não. A insanidade é corriqueira e navega em pensamentos e atos... Uma tragédia sucede a outra e não há tempo para se indignar. Está se naturalizando a maldade. Vejamos: faz alguns dias que um caminhoneiro carregou por quilômetros pedaços de um jovem que ele tinha dilacerado na carona de uma moto, noutra pai e filho morrem vítima da insesatez de outro,  violência que tem como recompensa o prazer. Os latrocínios se sucedem. A crueldade com que exterminaram com a vida de uma jovem senhora em Muritiba, e um dia depois outra abatida. Crimes sem solução, não falo de prisões... falo da sociedade... qual a solução social para tudo isso? Falta o Estado, falta... mas como estaria este presente? mais cárceres, mais julgamentos,  lei de Talião? Dividiremos a terra em dois lados: os presos por crimes, e os presos pelo medo? Será que já está assim? Falta a sociedade... mas como deve reagir a sociedade? armando-se? Partimos do singular para o geral. Como socializar uma filha que encomenda e participa da morte dos pais, para subtrair-lhes a fortuna? Esta é rica e civilizada. Mas, há os que estão assassinando os seus apenas para se drogar... É, as drogas, tão distintas e criminosas. Mas, há quant@s dign@s sociais que as usam? Quem as mantém e porque? pelo lucro apenas, pelo prazer da viagem? As drogas - sem solução. Ah!!! mas há àquelas ainda que podemos usar, e ferem e matam e dilaceram tanto quanto. Voltamos ao Recôncavo, explodiram uma agência bancária, então clamamos por mais polícia... os que tinham foram trancados em sua própria delegacia... Resolve o problema? E os bandidos que invadem as Cidades e as dominam? O novo cangaço, dizem... Pois bem, quem crê que o Estado com suas mazelas e bases corrompidas dará a resposta? Quem crê que a religião mambembe e infestada de falsos profetas dará resposta? Enfim quem crê que só o Amor poderá transformar as pessoas e estas enfim viverem em harmonia será a resposta? Ahhh, mas, para existir Amor, deverá definhar o capitalismo, a exploração dos homens por outro homem. Deverá os Estados abdicarem da força e corrupção, ou até mesmo do seu próprio poder... Aliás, para que Estado? num estado em que as pessoas, por serem pessoas, se amam se respeitam e produzem para o bem de tod@s e para a preservação do seu único habitat - a Terra?.

domingo, 28 de abril de 2013

O Blog!


Jony Reys

Já algum tempo acompanho vários blogs, são notícias do cotidiano, com viés de toda forma. 
Sinto nesses espaços a falta da discussão do pensamento, da essência e da identidade do povo, do pertencimento das ideias e da racionalidade, da transparência das práxis e do concreto das ações. 
Há muito de oculto, de sobrenatural e de mazelas que sustentam a forma de empoderamento de uns em detrimento de outros.
As coisas que buscamos neste blog, não está no blogueiro, está nas pessoas, nas sem voz, nas sem vez, nas sem palavras para se fazer ouvir... 
A forma de expressão que queremos, não é a inventada, a patrocinada, mas sim a real, que por vezes será lúdica, por outras espinhenta e ferina, mas nunca circunstancial. 
A pele que protegerá as palavras deverá ser sempre a do compromisso com os princípios, àqueles que norteiam os caminhos dos sonhos, da transformação, da dádiva, no sentido Maussiano, do amor profundo pela natureza e sua exuberância e diversidade. 
As razões do Blog deverão ser sempre a de construir a justiça, a lealdade, o envolvimento nos tons, nas lutas, na afirmação popular da racionalidade e materialidade, sua liberdade de pensar e agir no dia a dia, seus anseios, no limiar do conhecimento ou do não-conhecimento, mas, em um movimento constante, absolutamente livre e forte no rumo da consciência e respeito, da igualdade e pluralidade, da não-exploração, da não-ilusão, da formação de uma sociedade realmente justa.